5 pontos sobre o vírus da gripe aviária (H5N1) que você precisa saber

Em fevereiro de 2023, a imprensa brasileira começou a relatar uma preocupação com o vírus H5N1, quando um grupo de aproximadamente 600 leões marinhos foram encontrados mortos no Peru. Nenhuma lesão aparente foi vista nesses animais, mas, os cientistas detectaram na região das narinas a presença de um muco. Este material foi levado aos laboratórios e se constatou que a inflamação era causada pelo vírus H5N1. Esses dados geraram uma preocupação, uma vez que esses vírus costumavam ser mais presentes na Europa e Ásia, além de infectarem majoritariamente os grupos de aves. Mas, agora, eles estavam infectando animais na América do Sul.

Ainda não se sabe como esses leões marinhos conseguiram se infectar, contudo, existem duas hipóteses que podem elucidar melhor sobre o H5N1: através da alimentação de aves silvestres ou pelo contato aerossol (ar e água). A comunidade científica ainda precisa muito analisar como esse fato afetaria a vida humana, já que se a segunda hipótese for comprovada, esse vírus poderia vir a contaminar outros mamíferos, como os seres humanos. Assim, nesse artigo serão mostradas 5 informações relevantes sobre o H5N1 que já foram comprovadas pela ciência:

  • O VÍRUS H5N1 É DO TIPO INFLUENZA

Vírus do tipo influenza são aqueles causam gripe nos animais. Existem vários tipos de vírus da gripe circulando na sociedade, mas, eles possuem tipos de proteínas diferentes em sua superfície de contato que se conectam a diferentes tipos de células. Alguns vírus de influenza, geralmente, só conseguem se multiplicar ao “combinar” com um tipo de hospedeiro. Por isso, existem vírus que só infectam aves, porcos, cavalos, humanos etc.

  • OS VÍRUS DE INFLUENZA PODEM MUDAR DE HOSPEDEIRO

Assim como boa parte dos outros, os vírus do tipo influenza podem sofrer mutações no encaixe das suas proteínas e acabam adaptando sua forma de multiplicação. Dessa forma, o vírus que antes poderia ser originário de uma ave, passa a infectar um humano, como o H5N1, por exemplo.

  • O H5N1 É UM VÍRUS DE ALTA LETALIDADE

Estima-se que esse vírus tenha uma taxa de mortalidade de 50% a 60%. Entretanto, esses dados não são motivos de grandes preocupações na população em geral, visto que para que o vírus sofra uma mutação para transformar os humanos em hospedeiros é necessário muito tempo de convívio com animais infectados. E o contágio através da alimentação somente ocorreria se os alimentos não forem cozidos corretamente durante seu preparo.

  • A FABRICAÇÃO DE UMA VACINA NÃO SERÁ UM DESAFIO TÃO GRANDE

A OMS é um órgão que está sempre em vigilância sobre o H5N1 e tem a capacidade de gerenciar uma crise caso ele venha a se alastrar. Isso devido ao fato que vacinas contra influenza já são uma realidade para a população e a sua atualização não seria uma tarefa tão desafiadora, tanto para imunização de animais, quanto para seres humanos.

  • PROPRIETÁRIOS DE GRANJAS DEVEM FICAR ATENTOS

Conforme dito anteriormente, os vírus precisam obter contato frequente com seres humanos para que ele possa vir a sofrer alguma mutação. Por isso, pessoas que trabalham nesse setor precisam tomar medidas de prevenção como certificar que os criadouros de aves não tenham contato com aves silvestres contaminadas. Além de também ser necessário caso haja um número de mortes muito significativo, efetuar a realização de exames que detectem a presença do vírus H5N1.

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  • Avian Influenza Virus H5N1 Subtype Nucleic Acid Detection Kit (BSL58)

Referências

IBIAPINA, Cássio da Cunha; COSTA, Gabriela Araújo; FARIA, Alessandra Coutinho. Influenza A aviária (H5N1): a gripe do frango. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 31, p. 436-444, 2005.

RODRIGUES, Bruna Furnaleto et al. Virus Influenza e o organismo humano. Revista APS, v. 10, n. 2, p. 210-216, 2007.

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Assessoria Científica Molecular

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