No começo do mês de março deste ano, a ANVISA publicou a notícia de que aprovava o uso da vacina Qdenga, da empresa Takeda, para pessoas entre 4 e 60 anos de idade no Brasil. Essa vacina tem eficácia global de 80% e ajuda a prevenir os diferentes tipos de dengue como DENV-1, DENV-2, DENV-3, DENV-4.
A aprovação da vacina Qdenga é grande avanço para os brasileiros. Entretanto, ainda não há uma previsão de custo e nem de chegada ao país, tanto para o setor privado quanto para o setor público. Por isso, as outras medidas de prevenção já utilizadas em anos anteriores como monitorar a água acumulada e parada nos quintais das casas são ainda a melhor saída para evitar o contágio de dengue. Essas ações são importantes devido à principal forma de contágio dessa doença: o mosquito.
Existem dois tipos de mosquitos que são responsáveis pela contaminação do vírus da dengue para os seres humanos: Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, os casos mais recorrentes são causados pelos mosquitos do tipo Aedes aegypti e estão intimamente relacionados ao ciclo de crescimento e desenvolvimento deles. O mosquito da dengue possui distribuição em quase todo o mundo, especialmente em regiões tropicais e subtropicais e é muito bem adaptado às áreas urbanas. Seu ciclo se inicia com os ovos que são depositados próximos de lugares com água limpa, já na fase adulta seus indivíduos se alimentam da seiva das plantas. Entretanto, as fêmeas do mosquito se alimentam de sangue para auxiliar no desenvolvimento de novos futuros ovos, uma vez que o sangue é rico em proteínas. Quando a fêmea do Aedes aegypti se alimenta do sangue de uma pessoa que possui o vírus da dengue, infecta-se com esse agente patogênico e pode transmiti-lo ao picar outra pessoa. Assim, o contágio é feito principalmente através do mosquito.
Nesse sentido, o principal meio de controle da doença, atualmente, continua sendo vistoriar locais que possam ter recipientes com acúmulo de água parada. E a partir disso, tomar medidas de prevenção como vedamento correto das caixas de água, colocar areia em vasos de plantas e evitar que recipientes fiquem expostos às chuvas. Essas medidas são importantes principalmente nas estações quentes e chuvosas do nosso país, que são momentos de maior proliferação do mosquito e, consequentemente, da disseminação da dengue.
Segundo o artigo “Uma revisão sobre o vírus da dengue e seus vetores”, publicado em 2021, a dengue é uma doença:
[…] endêmica em países da África, Américas, Ásia, Caribe e Pacífico. A dengue é considerada uma enfermidade viral reemergente, com uma estimativa de quase 400 milhões de novas infecções por dengue por ano no mundo. Na atualidade a dengue atinge bilhões de pessoas que habitam em áreas de risco. […] [Ela] é motivo de preocupação sanitária e ambiental em inúmeros países do mundo, particularmente em países tropicais e subtropicais onde os mosquitos vetores Aedes aegypti e Aedes albopictus estão existentes no meio ambiente destas localidades (BARROS et all, 2021, p. 1)
Ao perceber os sintomas como febre, erupção cutânea, dor muscular e ocular, cansaço, hemorragia (principalmente em casos de dengue hemorrágica) é muito importante realizar exames que possam comprovar a presença do vírus, especialmente se a pessoa já foi infectada em um outro momento de sua vida; uma vez que quando o paciente é reincidente na doença, as chances da infecção se tornar hemorrágica e necessitar de hospitalização são muito grandes.
Assim, o diagnóstico molecular por PCR em tempo real pode ser um excelente método para detecção da doença por ser bastante sensível e específico, diminuindo a ocorrência de reações cruzadas e possibilitando a identificação do agente infeccioso ainda nos primeiros estágios da doença. Aqui na Molecular você encontra o kit MutaPLEX® Tropical real time RT-PCR que permite o diagnóstico e diferenciação das arboviroses causadas pelo vírus da Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela. O kit é multiplex e além de distinguir o agente infeccioso dessas doenças que possuem sintomas muito semelhantes, o kit também permite identificar a coinfecção. Entre em contato com nosso time de especialistas para saber mais sobre esse produto e outras opções de kits para o diagnóstico molecular!
Referências
DE BARROS, Adriano José et all. Uma revisão sobre o vírus da dengue e seus vetores. Research, Society and Development, v. 10, n. 10, p. e289101018733-e289101018733, 2021.
Assessoria Científica Molecular