Quem acompanha os noticiários pela TV ou internet, tem se deparado com constantes notícias sobre a Varíola do Macaco.
Infecção ainda pouco conhecida, mas descoberta há muitos anos, traz incertezas sobre prevenção, diagnóstico e tratamento.
O vírus Monkeypox causa uma infecção com sintomas semelhantes à varíola comum, porém de menor gravidade. A varíola foi erradicada em 1980, mas a varíola dos macacos infecta pessoas em todos os continentes. De acordo com levantamento realizado pela CNN, ao menos 64 países confirmaram casos da doença.
A principal forma de transmissão da varíola dos macacos é por meio do contato com as lesões da pele, secreções respiratórias ou por objetos pessoais contaminados, como roupas de cama e de banho, de pacientes infectados.
Atenção com “Fake News” nas redes sociais, pois é um mito dizer que a infeção só afeta um grupo de pessoas que têm comportamento específico, ou de uma cultura em particular. O vírus da varíola dos macacos pode afetar qualquer pessoa, de qualquer etnia, ou orientação sexual, independentemente de sua origem.
É mito que todas as pessoas devem ser vacinadas contra a varíola neste primeiro momento. Para organização da rede de saúde, a OMS recomenda a vacinação contra a varíola para grupos prioritários, incluindo profissionais de saúde em risco, equipes de laboratório que atuam com ortopoxvírus (gênero que o vírus pertence), especialistas em análises clínicas que realizam diagnóstico infectados, pessoas que tiveram contato com casos confirmados, entre outros grupos que podem ser convocados.
É verdade que a maior parte dos sintomas tende a desaparecer espontaneamente. Os cuidados clínicos para a varíola dos macacos são voltados para o alívio dos sintomas, além do gerenciamento de complicações e prevenção de sequelas a longo prazo. Os pacientes devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado. Infecções bacterianas secundárias devem ser tratadas conforme indicado.
Essa infecção é ainda é algo muito novo, mas é sempre bom lembrar de seguir as orientações da OMS e realizar o diagnóstico o mais breve possível.
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Dra.Thais Nani
Assessoria Científica