Muitas agências e pesquisadores de todo o mundo estão utilizando testes de rotina de águas residuais para monitorar a presença de SARS-CoV-2. Os métodos empregados com esses esforços podem ser usados para estimar o número de indivíduos infectados (sintomáticos ou não) e taxa de infecção, mas ainda há bastante pesquisa para ser feita nesse quesito!
Apesar da recentemente atenção ao tema, essa metodologia não é nova, os cientistas têm pesquisado patógenos nas águas de esgoto desde a década de 1940, principalmente aqueles que se espalham pela via fecal-oral. A análise de água residual parte do princípio que os indivíduos infectados excretam o patógeno junto com suas secreções e fezes e, portanto, o sistema de esgoto de uma comunidade pode atuar como uma importante ferramenta de análise para detectar a presença de patógenos (ou fragmentos de seus genes) e estimar número de indivíduos infectados. Assim, uma instalação de tratamento de águas residuais pode monitorar a presença de fragmentos de ácidos nucleicos de diversos microrganismos usando ferramentas moleculares. É importante ressaltar que não se busca pelo genoma inteiro, mas uma pequena sequência de um gene bastante conservado naquela espécie.
Através do monitoramento de águas residuais pode ser possível extrair vários tipos de informações importantes para programas de vigilância de doenças, e assim medidas de intervenção de saúde pública podem ser tomadas de forma mais assertiva.
Quando monitoramos a existência de patógenos nas águas, podemos ter três objetivos:
– Vigilância direta: Identificação de presença/ausência de patógeno nas águas residuais de pequenas comunidades confinadas. A amostragem é feita diretamente na rede de esgoto de instalações como escolas, asilos, prisões, moradias estudantis entre outros exemplos. Essa identificação pode ser muito útil para detectar a presença de infectados assintomáticos.
– Monitoramento de tendências: Se concentração aparente de um determinado patógeno na água estiver aumentando ao longo do tempo pode indicar que as infecções na comunidade também estão aumentando.
– Aplicação direta de medições para estimar o número de indivíduos infectados na comunidade: espera-se que, eventualmente, as medições brutas possam ser traduzidas em informações úteis de saúde pública – como um sistema de alerta precoce para infecções. Apesar de promissora, ainda há muitas incertezas para conseguir fazer essa estimação, dentre elas o tempo e a quantidade que cada indivíduo infectado excreta o patógeno.
Atualmente, a extração de RNA viral de águas residuais é um grande desafio para laboratórios devido à presença de muitas substâncias que causam inibição das análises posteriores. Além disso, um volume muito grande de águas residuais é frequentemente necessário para detectar a presença de RNA de vírus e os métodos de concentração de águas residuais, comumente usados, tendem a concentrar também os inibidores, o que agrava o problema.
MACHEREY-NAGEL – MN apresenta produtos com tecnologia de remoção eficiente de inibidores de PCR, otimizando a extração de RNA viral de SARS-CoV-2 e outros patógenos a partir de amostras complexas, como águas de esgoto. Esses produtos podem ser usados para purificação de ácidos nucleicos virais de amostras de águas residuais concentradas por vários métodos, e as soluções estão disponíveis para fluxos de trabalho de baixa e alta demanda.
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